CredAluga atrai fundos com tese do fiador 4.0

Institucional 28 de outubro de 2024

Fundada por dois empreendedores embrenhados no mercado imobiliário, a fintech CredAluga nasceu com a proposta de substituir a figura do fiador nos aluguéis – mas logo descobriu que a demanda de soluções financeiras das imobiliárias era maior. Após dois anos de operação, a companhia acaba de fechar sua primeira rodada com investidores institucionais para aumentar sua rede em garantia locatícia e também o escopo de atuação, como novos produtos financeiros.

CredAluga recebe investimento

Liderado pela Caravela Capital com Honey Island by 4UM, Norte Ventures, Terracota Ventures e FJ Labs, o aporte soma R$ 22 milhões. O modelo da fintech guarda semelhanças com o QuintoAndar, o primeiro grande player a eliminar a fiança locatícia. Mas, neste caso, a startup é centrada no fluxo financeiro e sem cobrança das imobiliárias.

A CredAluga faz a análise financeira de risco dos inquilinos para dar a aprovação ou não para a imobiliária, que inclui a fintech como garantidora do acordo em caso de inadimplência. Dos inquilinos, a startup cobra uma taxa mensal de 10% sobre o valor do aluguel, e as multas saem por 2% ao mês, com a subrrogação sendo feita pela startup.

“Para viabilizar a locação, a imobiliária oferece a solução da CredAluga como alternativa ao fiador”, diz Daniel Santos, co-CEO e cofundador. Ele trabalhava na Casa Mineira, rede imobiliária de Belo Horizonte que era de seu pai e foi vendida ao QuintoAndar em 2021, onde Santos ficou por um ano até criar seu próprio negócio.

A análise de risco do inquilino é rápida. Em vez de uma série de documentos pedidos ao fiador tradicional, que vão da declaração de imposto de renda de pessoa física ao extrato bancário, a fintech analisa o CPF do potencial inquilino e realiza a consulta em birôs de crédito em cerca de 15 minutos. A startup também inclui biometria facial por vídeo, fornecida pela Unico, na assinatura da fiança, evitando fraudes.

Diferenciais CredAluga

Co-CEO e cofundador da CredAluga, Guilherme Blumer afirma que o principal diferencial da fintech é se manter como parceira das imobiliárias. Assim como o sócio, Blumer também veio do mercado imobiliário, tendo passado por Zap Imóveis, Hypobox e Brasil Brokers. O histórico da dupla reforça a cooperação como ponto central da CredAluga. “Em hipótese alguma vamos competir com as imobiliárias. Queremos ajudá-las a escalar o negócio delas, de modo que possamos crescer também”, diz Blumer.

Atualmente, a CredAluga possui parceria com 570 imobiliárias de todo o Brasil e deve fechar o ano com R$ 30 milhões de faturamento – desde a fundação, a operação era bootstrap, sem dinheiro de investidores. Com o cheque de R$ 22 milhões, a meta é adicionar mais 130 até o fim do mês e, até 2029, atingir o número de 5 mil imobiliárias parceiras, de um total de 70 mil no país, segundo dados do Conselho Federal de Corretores de Imóveis.

Em junho, a CredAluga realizou uma sociedade com a Cupola, consultoria do ramo imobiliário fundada por Rodrigo Werneck, que assumiu como chefe de marketing e como diretor de relações com o mercado da fintech. A expectativa é que a parceria possibilite escalar mais facilmente a startup, graças à rede de contatos da consultoria.

A CredAluga quer lançar mais serviços para atuar na digitalização das imobiliárias, sempre com foco em features financeiras e em aluguel, descartando entrar na área de compra e venda. “Queremos ter mais soluções para, cada vez mais, ir matando o fiador”, diz Santos.

Fonte: Pipeline

CredAluga

A CredAluga impulsiona imobiliárias com soluções financeiras inovadoras para liderar a evolução no mercado de aluguel.